Professores protestam contra atraso nos salários em Santa Cruz

Os servidores em Educação do município de Santa Cruz, no Sertão de Pernambuco, realizaram um protesto na manhã desta terça-feira (1º). Os cerca de 150 professores reivindicam o pagamento de salários atrasados, melhoria na merenda escolar, no transporte e dos itens básicos de trabalho. Os profissionais estão em greve desde o dia 25 de fevereiro.
Os professores realizaram uma passeata com cartazes cobrando as melhorias. Nesta terça-feira (1º) aconteceria o início do ano letivo na rede municipal, mas as aulas foram canceladas por tempo indeterminado. Existem cerca de 15 escolas municipais em Santa Cruz, com mais de 2.500 alunos sem aula. O estado de greve foi declarado no dia 11 de fevereiro e, por não haver avanço nas negociações, o início da paralisação foi decidido após uma assembleia no dia 25 do mesmo mês.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) em Santa Cruz, os salários correspondentes aos meses de dezembro de 2015 e fevereiro de 2016 não foram pagos. Ainda segundo o Sintepe, a prefeitura do município tentou negociar e pediu que o pagamento de dezembro fosse dividido em seis vezes, mas os professores não aceitaram.
Uma das revindicações é a melhoria na merenda escolar, já que, segundo o Sindicato, na maior parte das vezes o que tinha para ser servido era salsicha com cuscuz ou arroz ou macarrão. Outra reclamação é o mau estado dos transportes de estudantes, sobretudo na Zona Rural, além da falta de materiais como giz, copiadoras e papel.
A Secretaria Municipal de Educação de Santa Cruz informou, através de nota, que não pagou o mês de dezembro de 2015 aos professores efetivos devido a uma queda na receita do mês, o que só possibilitou o pagamento do 13º salário. Segundo a nota, o município passa por dificuldades financeiras e que para quitar essa pendência só é possível dividindo o pagamento em três parcelas, sendo que a primeira delas teria sido efetuada em 16 de fevereiro de 2016. As próximas parcelas seriam pagas nos dois próximos meses.
G1 Petrolina (Foto: Paulo Ricardo Sobral/TV Grande Rio)

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