O eclipse solar anular será visível em todo o Brasil neste sábado (14). O “anel de fogo” vai surgir no céu durante a tarde. E quando acontece um evento astronômico como esse, é claro que a primeira reação é olhar para o céu. No entanto, é preciso tomar alguns cuidados na hora de observar o eclipse e o primeiro é: nunca olhe diretamente para o Sol.
“A grande questão nesses eclipses é que às vezes podemos olhar diretamente para o Sol e os riscos estão muito bem escritos na literatura de que podemos ter uma lesão, especialmente na mácula. Em casos extremos, a exposição pode levar até a cegueira”, alerta Emerson Castro, oftalmologista do Hospital Sírio-Libanês.
🚫Também não pode:
- óculos de sol de qualquer tipo
- celulares (nada de gravar o eclipse)
- placas de raio X
- vidro fumê
- câmeras ou telescópios sem os filtros apropriados
✅Existem duas formas de se observar o eclipse com segurança: projetando ou usando equipamentos adequados:
- Você pode fazer o seu próprio projetor com um papelão e uma folha de papel branca. No meio dele, faça um furo. Mire o papelão para o Sol e ele vai projetar na folha de papel o que está acontecendo no céu. A cartilha do Observatório Nacional ensina como fazer o aparelho de duas formas diferentes nas páginas 23 e 24.
- Outra forma de filtrar o Sol é usando óculos de soldador com classificação 14 ou superior. Eles podem ser encontrados em lojas de material de construção.
No entanto, mesmo com os óculos com filtro 14, a exposição deve se estender por muito tempo. Emerson Castro orienta que a pessoa olhe por menos de 30 segundos, pare um pouco e depois volte a olhar.
Próximos eclipses anulares
O último eclipse anular do Sol ocorreu em junho de 2021, mas não foi visível do Brasil. O próximo fenômeno deste tipo ocorrerá em 02 de outubro de 2024, mas será visto no extremo sul da América do Sul e em áreas no oceano Pacífico.
O alinhamento de Lua, Terra e Sol volta a surgir no céu em 17 de fevereiro de 2026, mas só será visível praticamente na Antártica. Em 6 de fevereiro de 2027, ele poderá ser visto só lá no Chuí, no sul do Rio Grande do Sul.