Ouricuri, apresenta maior número de casos de microcefalia do Sertão

O município de Ouricuri, no Sertão pernambucano, continua registrando o maior número de casos suspeitos de microcefalia, segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, com 23 suspeitas. Bebês com a malformação cefálica têm crânio menor que 32 centímetros.
A dona de casa Marcleane de Jesus Silva levou um susto quando o seu bebê teve a suspeita de microcefalia, mas que foi descartada. “Depois que eu fiz o exame, fiquei mais aliviada, porque antes quando eu recebi a notícia que a minha filha tava com suspeita de microcefalia, eu fiquei sem saber o que fazer. Mas eles me encaminharam para os médicos. Eu fiz os exames em janeiro e recebi o resultado em fevereiro. Graças a Deus não deu nada. Fiquei muito aliviada”, declarou Marcleane.
A identificação de microcefalia é feita pela Secretaria de Saúde do município. Segundo a secretária de Saúde de Ouricuri, Maria do Carmo Alves, os casos suspeitos de microcefalia são atendidos na Maternidade Mãe Coruja onde é feita a detecção e é notificada a malformação. “É comunicado à mãe e ela sai com todos os documentos e procura nossa regulação, então a gente encaminha esses pacientes para Petrolina”, disse a secretária.
Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
Além da microcefalia, o hospital do município tem alto índice de pessoas que apresentam sintomas das outras doenças transmitidas também pelo mosquito Aedes aegypti: dengue, zika e chikungunya. A dona de casa Antônia Pereira estava no Hospital Regional do município à espera de atendimento. Os sintomas, ela conta, são muitos, principalmente de dores pelo corpo. “Tenho muita dor na mão, não consigo dormir, não tenho como fazer nada, segurar nada, nem tomar banho. Também tenho dor no pescoço, na cabeça e está nascendo nódulos no corpo todo”, afirmou Antônia Pereira.
Segundo a direção do Hospital Regional de Ouricuri, por dia são realizados cerca de 35 atendimentos a pessoas com sintomas semelhantes. Ouricuri está em estado de alerta após o último Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) em que ficou com 3,5.
G1 Petrolina

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